sexta-feira, 18 de junho de 2010

Paixão pela noite

O sol desaparecendo lentamente vai dando lugar a escuridão e aos devassos, pessoas chegam famintas e outras saem de seus casulos. A noite desperta o melhor do pior, ela não brilha, ela faz brilhar.
Caminho lentamente observando a arquitetura de prédios e casas, observo as criaturas que caminham sem rumo ao encontro de algo. Algumas pessoas buscam conforto onde não sabem se existe, mas elas querem fugir da noite.
A noite mistura os sentimentos, faz com que pessoas tenham medo, alegria, desespero, coragem, amor e desamor.
A vida noturna de São Paulo me fascina, ela não é escura, mas é muito obscura. As luzes se acendem, os carros continuam nas ruas, mas dessa vez os engravatados no engarrafamento, as mães e pais com seus filhos, as empregadas e empregados se transformam. Na noite paulistana todos são tudo e nada.
Em muitos lugares de São Paulo a labuta só se inicia após o sol se pôr, começa o burburinho, as risadas, as alegrias e desamores.
Em diversas cidades do Brasil, a noite ganha novos personagens, já tive a oportunidade de conhecer algumas dessas noites, mas a noite paulistana é a que mais me agrada, é a que mais me traz sentimentos diversos, pois a mistura que aqui existe é muito maior do que em qualquer outra noite que eu conheci.
Dificilmente conhecerei todas as noites do mundo, mas com certeza conhecerei o máximo que eu puder.