terça-feira, 10 de junho de 2014

Vamos?

Estou realmente tentando, querido. Se você sentir, assim, do jeitinho que sinto. Quem sabe aí você não sentiria também. Somos todos simples carne e desejo. Te vejo caminhando e sorrindo, sinto o calor me aquecendo, como se estivesse na fogueira. Talvez seja isso, todo esse fogo me consumindo. Vamos, pare com isso e me puxe para perto de você, sinta as batidas aceleradas do meu coração e o tremor do meu corpo. Vamos lá, deixe essa seriedade de lado, só eu e você. Não, não quero lembrar daquela briga e nem daquele dia que você se embriagou. Vamos, as portas irão se fechar e não sabemos o que existe por trás delas. Vamos apenas caminhar sem destino, observando o luar. Com certeza existe alguma coisa. Vamos, você não quer ao menos tentar? Se libertar? Solte as amarras e suba nessa corda. E daí que ela está bamba, é exatamente desse jeito que quero você. Vamos, se apresse, logo o luar dará lugar à luz e daí querido, daí você não mais me terá. Vamos respirar, nos inebriar e acasalar. Tudo está aqui, então, apenas vamos, querido.