terça-feira, 4 de maio de 2010

Roda de samba

A roda de samba, o suor, o calor, os risos, nada especial, mas tudo essencial. A pequena garota vira mulher, descobre sua sensualidade e sorri.
Tímida e sem jeito ela roda sua saia e o moreno observa sua desenvoltura, ela não sabe mas aquele olhar que agora queima sua face, outrora irá aquecer seus dias frios e em meio a multidão ela sorri.
A roda aumenta, o som acelera e o samba faz suas veias pulsarem cada vez mais. A inocência perdida, o som tocado e a pele sentida.
Os homens com seu gingado malandro e as mulheres com seus decotes sensuais esperam a noite terminar de chegar para poderem se entregar. Mas a menina inocente não sabe ao certo o que lhe aguarda, ela só sabe que quer, mesmo sem logicamente pensar, seu corpo comanda tudo e o gingado assim se faz.
A cidade não sabe parar, não consegue descansar e assim é a menina com seu rebolado. A noite chega e seu homem a puxa para a esbornia.
Suor, lágrias e risos, assim se faz a noite daquela moça faceira, que jamais imaginou seu destino e nem quer. Sua vida seguirá assim, sem curso, como as grandes cidades, sendo modificadas pelos dias e noites.
Todo dia será assim, feliz, triste, risonho e lacrimejando pela vida vivida.
Todo dia pensando em você, respirando você, que naquela tarde me fez crescer e querer que todos os dias fossem simplesmente vividos.

Um comentário:

  1. Ao ler esse post, eu visualizei em minha mente o cenário do texto... Que coisa legal!
    beijos

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