quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Realidade

Estou inquieta, sinto meu coração palpitar mais forte, sinto que essa madrugada meus pensamentos não terão outro destino a não ser o de pensar nele. Aquele homem que em tantos momentos de insônia me invadiu, levou consigo toda minha tristeza, toda a angústia e me fez adormecer esplendorosamente.
A madrugada está quente e eu sinto frio, no céu as estrelas parecem sorrir, mas sei que estão todas mortas, assim como meu coração. Investigo o passado em busca das respostas, mas é tudo em vão, nada me acalenta, minhas entranhas estão expostas.
Quem é você ? Por que entrastes assim em minha vida ?
Aquele ser que conheci em uma noite de primavera e que tantos dias embriagantes de verão me trouxe alegria, existiu algum dia ?
A brisa noturna invade o quarto, faz a cortina balançar ao som dos meus soluços, a lágrima salgada lava minha face desfigurada. Não resta nenhuma alternativa, somente encara a realidade da desilusão. Nunca houve carinho, nem tesão, nem promessas de uma velhice honrosa. Só existe futilidade e falta de tempo.
Arranco a máscara de compreensão, me aproximo do espelho e observo. Agora entendo, nada mais resta, somente a realidade, dilacerada realidade.

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