sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sentir

O que sinto nessa noite solitária e fria não é medo, não é indiferença, não é alegria e muito menos é tristeza. O sentimento que me invade é de raiva, dor e desprezo.
Preferia não ter te visto naquela noite, não ter realmente olhado no fundo de seus olhos dissimulados e ter me entregado. Você é como um parasita, sugou toda minha alegria, minha energia de viver, você apenas se alimenta da minha felicidade, dos meus sonhos, da minha juventude.
Sinto que estou presa e não consigo me libertar, quero voltar a sorrir, quero que as lágrimas parem de rolar em minha face. Tenho vontade de gritar bem alto, mas minha voz não sai, não sou ouvida, ninguém me reconhece, ninguém sabe quem sou eu.
Enquanto procuro a chave para minha libertação vou caminhando vagarosamente como um zumbi, como um vampiro que desesperadamente procura se alimentar.
É hora de dizer adeus, nada mais me resta senão despir toda essa amargura e repousar em busca dos melhores sonhos já sonhados.

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